Planeta Inóspito

Postado por Fernanda Huppert

Imagem Mil Olhares
Onde mora a ciência
Desse mundo louco
Que de tudo tem um pouco?
Qual o endereço
Do conhecimento vestal
Esse saber de adereço
Que do fim ao seu começo
É véu para o mero mortal?
Conhecimento ignorante
Dos que maldizem
A esfinge indecifrável
Topografia desse universo gestante
Criadouro do saber inalheável.
Economia de trocas
Entre saber ciência
E saber campo
Um precisa consciência
O outro, pobre experiência.
Nessa fissão de saberes
Esquecem-se as entranhas dos seres
Com seus átomos imperceptíveis
Diferenciados.
Buliçosos e miscigenados.
Desmitificados.
Que ao se encontrarem num só intervalo
Formulam sua própria tabuada
Sem mais
Sem menos
Frente a frente
Num tempo mediado.
Eis a natureza do mundo
Um pacote de misturas,
Um mundo com tantos mundos dentro
A aspergir sabores quimicamente complexos
Com seus prótons, nêutrons e elétrons
Planeta Inóspito
Morada simultânea de contrários
Fábrica de seres reais
Que trazem à realidade seres fabricados.
Brincadeira que transforma o mundo.
Um grande Lego com rodas, portas e janelas.
Girândola biruta de eventos
É tudo.
Também coisa nenhuma.
Ciência em si
E fora de si.

Fernanda Huppert

2 Response to "Planeta Inóspito"

  1. Marina Says:

    Muuito phoda essa footu ameei....

  2. Vivi Says:

    Olá, tudo bem? Detectei que a poesia a qual você intitulou como Planeta Inóspito é a mesma poesia que escrevi há um bom tempo atrás, cujo título original é Planeta Síncrise. Creio que, por desconhecimento, você não tenha lido no blog onde encontrou a minha poesia que os meus textos estão protegido pela lei que rege os direitos autorais. Portanto, a cópia de tais textos não é autorizada. Peço que cumpra com a devida remoção da referida poesia. Grata, a autora.